O carma dos incendiários e dos famigerados inquisidores
do Santo Ofício - que no século XIV tanto tripudiaram sobre a
ternura de Jesus, matando infiéis em seu abençoado nome -
normalmente se compensa por terríveis acontecimentos, em que os
corpos carnais desses espíritos também se carbonizam em incêndios
ou provas semelhantes.
Muitas
vezes a Lei os reúne propositadamente em um mesmo veículo
terrestre, barco, edifício ou aeronave, enquanto os jornais, depois,
estampam notícias tétricas e confrangedoras do inexplicável destino ou "acaso" que reuniu um grupo de
criaturas estranhas entre si, fazendo-as sucumbir em um mesmo local,
sob o fogo indomável ou pela explosão destruidora.
Certas
criaturas que anteveem em sua intimidade espiritual as provas de sua
expiação retificadora, sempre procuram evitar transportes, passeios
ou atividades em que haja o perigo de fogo ou de explosão, que devem
caracterizar os seus desenlaces escolhidos quando se achavam em
liberdade no mundo astral.
Embora
para a maioria da humanidade tais acontecimentos pareçam acidentes
que vitimam criaturas boníssimas reunidas por "mera
coincidência", trata-se de liquidações cármicas que
congregam comparsas do pretérito, malgrado as suas raças, idades,
sexos e condições sociais no mundo. É a Lei que os convoca e os
ajusta para cumprirem o severo resgate da máxima inexorável que
tanto subestimaram: "Quem com ferro fere, com ferro será
ferido".
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