OM – diz o Adepto
ariano, o filho da Quinta Raça, que principia e termina com esta
sílaba sua saudação ao ser humano e sua invocação às Presenças
não-humanas. OM MANI – murmura o Adepto turânio, o descendente da
Quarta Raça, acrescentando depois de uma breve pausa – PADME HUM.
Os orientalistas têm
traduzido essa famosa invocação por “Oh! A Jóia no Lótus!”
Porque embora OM seja uma sílaba consagrada à Divindade, PADME
signifique “no lótus” e MANI “pedra preciosa”, ainda assim
seu significado simbólico não está com a tradução correta.
Neste mantra, o mais
sagrado de todos os do Oriente, não só cada sílaba encerra um
poder oculto, capaz de produzir um resultado definido, mas toda a
invocação tem sete significados diferentes, com outros tantos
efeitos, distintos entre si.
Os sete significados e
seus efeitos correspondentes dependem da entonação que se dê ao
mantra em conjunto e a cada uma de suas sílabas; e ainda o valor
numérico das letras aumenta ou diminui conforme o ritmo que se
empregue. O número é subjacente à forma e o número rege o som. O
número está na raiz do Universo manifestado: os números e as
proporções harmônicas dirigem as primeiras diferenciações da
substância homogênea em elementos heterogêneos.
O mantra OM MANI PADME
HUM, quando corretamente compreendido, contém uma alusão a esta
indissolúvel união entre o Homem e o Universo, interpretada de sete
maneiras diferentes, com a possibilidade de sete distintas aplicações
a outros tantos planos de pensamento e ação.

De qualquer ponto de
vista que a examinemos, o mantra quer dizer: “Eu sou o que sou”,
“Eu estou em ti e tu estás em mim”, “Oh meu Deus que estás em
mim!”. Nesta conjunção e nesta íntima união, o homem bom e puro
se converte num deus. De modo consciente ou inconsciente, ele
provocará ou inocentemente causará resultados inevitáveis.
No primeiro caso, se for
um Iniciado (isto é, um Adepto da Via da Direita), poderá orientar
uma corrente benéfica e protetora, e deste modo fazer o bem a
indivíduos e até a nações inteiras, e ajuda-los. No segundo caso,
embora sem o perceber, o homem bom passa a ser um escudo que dará
proteção a todos os que estiverem a seu lado.
O mantra OM MANI PADME
HUM tem um poder quase infinito nos lábios de um Adepto, e uma
potencialidade quando pronunciado por um homem qualquer. Sejam
prudentes todos os que me estiverem lendo. Não usem tais palavras em
vão, nem quando estejam dominados pela cólera: aquele que assim o
fizer será a primeira vítima, ou o que é pior, exporá a perigos
as pessoas a quem ama.
O mantra OM MANI PADME
HUM não é composto de seis, mas de sete sílabas, porque a sílaba
inicial é dupla, quando corretamente pronunciada: A-UM. Essa sílaba
é Atman, o Espírito Superior do homem.
O mantra OM ou AUM, se
pronunciada por um homem puro e santo, atrairá e despertará não só
as Potestades dos elementos e dos espaços interplanetários como
também o próprio Eu Superior, ou Pai interno. Articulada
corretamente por um homem comum e bondoso, contribuirá para seu
fortalecimento moral, sobretudo se entre um e outro AUM, ele meditar
intensamente no seu AUM interno e concentrar toda sua atenção na
inefável glória. Mas ai de quem profere a sagrada palavra depois de
haver cometido um pecado capital! Porque só conseguirá atrair à
sua aura impura forças e presenças invisíveis, que de outro modo
não poderiam abrir caminho através do Envoltório Divino.
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