Muitas
pessoas aceitam certas teorias, algumas das quais são muito convenientes, e
elas dizem, “Tudo é o resultado da Vontade Divina”; outras dizem, “O Divino está
em toda parte e em tudo e faz todas as coisas”; ainda outras dizem, “Minha
vontade é una com a Vontade Divina, é o Divino que me inspira.”
De
fato, existem muitas teorias e elas dizem isso. Naturalmente o ego delas está
vivo. Elas fazem tudo que querem fazer, dizendo, “É o Divino que está fazendo
isso em mim. Não sou eu que ajo, é o Divino que age através de mim.” Elas fazem tudo que desejam fazer. Há pessoas assim. Portanto
eu digo, “Não use o Divino como um belo disfarce para esconder seus desejos.”
A
questão é ser sincero. Se você não é sincero, não comece o yoga. Sinceridade é
talvez a coisa mais difícil e talvez também a mais efetiva. Se você tiver
perfeita sinceridade, pode estar certo da vitória.
A
primeira coisa necessária é não enganar a si mesmo. A pessoa sabe que não pode
enganar o Divino; mesmo o mais esperto dos Asuras não pode enganar o Divino.
Mas mesmo quando se entendeu isso, a pessoa se pega durante o dia tentando
enganar a si mesma sem saber, espontaneamente e quase automaticamente.
A
pessoa sempre dá explicações favoráveis de tudo que faz, de suas palavras, de
seus atos. A pessoa sempre considera que o outro é que está errado, o outro que
cometeu o erro. Mesmo quando você é uma alma mais experiente, ainda dá a mais
estúpida de todas as desculpas: “Se ele não tivesse feito aquilo, eu não teria
feito isso.”
Tome
o mais comum exemplo de alguém que fica irado: em vez de dizer coisas que
magoam, você nada diz, se mantém calmo e quieto, não se contagia com a ira.
Isso é algo bem elementar, um pequeno começo para ver se é sincero. Eu lhe
digo: se você olhar para si mesmo com inteligência, pegará em si centenas de
insinceridades, mesmo que esteja tentando ser sincero. Você verá como é
difícil. Se você for totalmente sincero e se todo seu ser integralmente quer o
Divino, pode ter certeza da vitória.
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