MENSAGEM
DE UM DEVA DA MONTANHA AOS HOMENS
"O
globo é um ser vivo, com poder, vida e consciência encarnados. A
Terra respira. Seu coração bate. É o corpo de um Deus que é o
Espírito da Terra. Os rios são como
seus nervos, os oceanos grandes centros nervosos. As montanhas são
as estruturas mais densas do gigante, cuja forma é o campo
evolucionário do homem, e cuja vida interna e energias potentes são
a moradia permanente dos Deuses”.
"O
contato do homem moderno com a natureza é quase que exclusivamente
através da ação e de seus sentidos exteriores. Pouquíssimos,
dentre seus devotos humanos, se assemelham a ela em placidez, com os
sentidos externos quietos e o interno desperto. Poucos são, pois, os
que descobrem a Deusa atrás de seu véu terreno”.
"Há
uma valor na vida ativa, um poder e beleza no garbo externo da
Natureza. Um poder muito maior e uma beleza muito mais profunda jazem
sob seu véu, que só pode ser descerrado pela silenciosa
contemplação de sua vida oculta”.
"O
coração da Natureza, a não ser sua pulsação rítmica, permanece
em silêncio. O devoto no santuário da Natureza deve aproximar-se de
seu altar reverentemente e com
mente tranqüila, se deseja perceber o pulsar de seu coração e
conhecer o poder dentro da forma”.
"Existe
a entrada para seu templo, e há de ser encontrada em cada forma
natural. A contemplação de uma simples flor pode levar o buscador a
ingressar. Uma planta exibindo a simetria da Natureza, uma árvore,
uma cadeia de montanhas, um pico isolado, uma correnteza de rio, uma
cascata atraente, cada um e todos eles propiciarão à alma
contemplativa do homem, uma entrada no reino do Real, onde mora
o Eu da Natureza”.
"É
na contemplação das formas exteriores da Natureza que se deve
aproximar da entrada do seu templo. Auto-identificação com a sua
Vida interior, profunda resposta à sua
beleza exterior ou interior - eis os meios para ingressar no seu
recôndito santuário”.
"Dentro,
aguardam os Altos Deuses, os Seres atemporais, os perpétuos
Sacerdotes, que oficiam durante todo o Dia criador dentro do templo,
que é o mundo natural”.
"Poucos,
demasiado poucos, encontram a entrada, depois que a Grécia se tornou
uma ruína e Roma caiu em decadência. Os gregos da antigüidade
viveram na simplicidade. As complexidades ainda não tinham
aparecido. O caráter humano era reto, a vida humana simples, e as
mentes humanas, se um tanto primitivas, eram sintonizadas com a Alma
universal”.
"A
roda gira. Os dias áureos retornam. A Natureza apela novamente para
o homem que, se ouve, empenha-se em responder. O homem atravessou o
ciclo de trevas, que se seguiu à queda de Roma. Contudo, envolvido
em crescentes complexidades, ele perdeu o seu contato com a vida
interna da Natureza. Para recuperá-lo, tem que pôr de lado tudo o
que embote os sentidos, tudo o que é grosseiro, tudo o que é impuro
e toda a indulgência. Deve aproximar-se do divino coração da Vida
em silenciosa contemplação e com inteira sinceridade; só assim se
pode encontrar esse coração."
MENSAGEM
DE UM DEVA II
"Os
Deuses esperam a reunião consciente da mente do homem com a Mente
Universal. A humanidade acorda lentamente. Cegados pela matéria,
através dos séculos, poucos homens perceberam até agora a Mente
dentro da substância, a Vida dentro da forma.
"Em
busca de poder e riquezas os homens têm percorrido toda Terra,
penetrado as florestas, escalado os picos e conquistado os desertos
polares. Deixemo-lo, agora, buscar dentro da forma, escalar as
alturas de sua própria consciência, penetrar suas profundidades, em
busca daquela Força e Vida interiores, únicas pelas quais ele pode
tornar-se forte em Vontade e espiritualmente enriquecido”.
"Aquele
que assim abre sua vida e mente à Vida e Mente Universais,
subjacentes em todas as coisas, entrará em união com elas, e a esse
os Deuses aparecerão”.
"Que
ele deliberada e resolutamente assim medite:
“Poder
universal”,
“Vida
subjacente”,
“Mente
onipenetrante”,
“Eu
sou uno Contigo."
"Deuses
do Poder, Vida e Mente”,
“Eu
vos saúdo”.
“No
Eu do Universo somos unos”.
“Eu
sou esse Eu, esse Eu sou eu."
Nenhum comentário:
Postar um comentário