6.1.13

MENSAGEM DE UM DEVA - Geoffrey Hodson


MENSAGEM DE UM DEVA DA MONTANHA AOS HOMENS


"O globo é um ser vivo, com poder, vida e consciência encarnados. A Terra respira. Seu coração bate. É o corpo de um Deus que é o Espírito da Terra. Os rios são como seus nervos, os oceanos grandes centros nervosos. As montanhas são as estruturas mais densas do gigante, cuja forma é o campo evolucionário do homem, e cuja vida interna e energias potentes são a moradia permanente dos Deuses”.

"O contato do homem moderno com a natureza é quase que exclusivamente através da ação e de seus sentidos exteriores. Pouquíssimos, dentre seus devotos humanos, se assemelham a ela em placidez, com os sentidos externos quietos e o interno desperto. Poucos são, pois, os que descobrem a Deusa atrás de seu véu terreno”.

"Há uma valor na vida ativa, um poder e beleza no garbo externo da Natureza. Um poder muito maior e uma beleza muito mais profunda jazem sob seu véu, que só pode ser descerrado pela silenciosa contemplação de sua vida oculta”.

"O coração da Natureza, a não ser sua pulsação rítmica, permanece em silêncio. O devoto no santuário da Natureza deve aproximar-se de seu altar reverentemente e com mente tranqüila, se deseja perceber o pulsar de seu coração e conhecer o poder dentro da forma”.

"Existe a entrada para seu templo, e há de ser encontrada em cada forma natural. A contemplação de uma simples flor pode levar o buscador a ingressar. Uma planta exibindo a simetria da Natureza, uma árvore, uma cadeia de montanhas, um pico isolado, uma correnteza de rio, uma cascata atraente, cada um e todos eles propiciarão à alma contemplativa do homem, uma entrada no reino do Real, onde mora o Eu da Natureza”.

"É na contemplação das formas exteriores da Natureza que se deve aproximar da entrada do seu templo. Auto-identificação com a sua Vida interior, profunda resposta à sua beleza exterior ou interior - eis os meios para ingressar no seu recôndito santuário”.

"Dentro, aguardam os Altos Deuses, os Seres atemporais, os perpétuos Sacerdotes, que oficiam durante todo o Dia criador dentro do templo, que é o mundo natural”.

"Poucos, demasiado poucos, encontram a entrada, depois que a Grécia se tornou uma ruína e Roma caiu em decadência. Os gregos da antigüidade viveram na simplicidade. As complexidades ainda não tinham aparecido. O caráter humano era reto, a vida humana simples, e as mentes humanas, se um tanto primitivas, eram sintonizadas com a Alma universal”.

"A roda gira. Os dias áureos retornam. A Natureza apela novamente para o homem que, se ouve, empenha-se em responder. O homem atravessou o ciclo de trevas, que se seguiu à queda de Roma. Contudo, envolvido em crescentes complexidades, ele perdeu o seu contato com a vida interna da Natureza. Para recuperá-lo, tem que pôr de lado tudo o que embote os sentidos, tudo o que é grosseiro, tudo o que é impuro e toda a indulgência. Deve aproximar-se do divino coração da Vida em silenciosa contemplação e com inteira sinceridade; só assim se pode encontrar esse coração."


MENSAGEM DE UM DEVA II
"Os Deuses esperam a reunião consciente da mente do homem com a Mente Universal. A humanidade acorda lentamente. Cegados pela matéria, através dos séculos, poucos homens perceberam até agora a Mente dentro da substância, a Vida dentro da forma.

"Em busca de poder e riquezas os homens têm percorrido toda Terra, penetrado as florestas, escalado os picos e conquistado os desertos polares. Deixemo-lo, agora, buscar dentro da forma, escalar as alturas de sua própria consciência, penetrar suas profundidades, em busca daquela Força e Vida interiores, únicas pelas quais ele pode tornar-se forte em Vontade e espiritualmente enriquecido”.

"Aquele que assim abre sua vida e mente à Vida e Mente Universais, subjacentes em todas as coisas, entrará em união com elas, e a esse os Deuses aparecerão”.

"Que ele deliberada e resolutamente assim medite:
Poder universal”,
Vida subjacente”,
Mente onipenetrante”,
Eu sou uno Contigo."
"Deuses do Poder, Vida e Mente”,
Eu vos saúdo”.
No Eu do Universo somos unos”.
Eu sou esse Eu, esse Eu sou eu."




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